Inicialmente o título da reportagem NÃO corresponde à realidade. Os farmacêuticos como profissionais da saúde, sobretudo aqueles que estão em contato direto com o vírus, FAZEM PARTE do grupo prioritário para vacinação da COVID-19, seja porque são profissionais da saúde, seja pelo contato direto com pacientes positivos.
A afirmação de que a prática do Município foi “irregular” detém um juízo de valor que transborda a alçada de qualquer veículo de imprensa, como também de qualquer leitor, assim, não passando de uma suposição ou uma reprodução do relato de um informante que pretende usar o jornalismo e a função essencial que este exerce na sociedade como meio para sensacionalismo.
A vacina CORONAVAC foi fornecida pelo Ministério da Saúde que comanda as ações de saúde no território nacional. Se analisarmos as normativas ministeriais todos os profissionais da saúde encontram-se no mesmo grupo - PRIORITÁRIOS-. O Governo do Estado do Rio Grande do Sul resolveu por bem organizar um plano estadual de vacinas ão próprio, com critérios mais seletivos para a primeira leva da vacina, sem contudo que tal plano contasse com critérios totalmente precisos.
Da leitura do plano estadual de vacinação depreendeu-se que todos profissionais da linha de frente (neles incluídos os responsáveis técnicos por exames de detecção do vírus COVID-19 no setor privado) poderiam receber a vacina.
Muito embora tudo isso, a reportagem, objetivando alcançar o intento sensacionalista a que se propõe, esqueceu de mencionar que TODOS os profissionais técnicos da linha de frente que possuem contato direto com o coronavírus em Piratini FORAM INCLUÍDOS NA LISTA DE VACINAÇÃO e em termos de “posição” na lista para recebimento das doses estavam, por óbvio, em prioridade em relação aos farmacêuticos da rede privada referidos na reportagem.
Antes de qualquer preocupação com setor privado, cujo favorecimento foi imputado levianamente ao Município (sem conhecimento técnico e legal para tanto), a Secretaria Municipal da Saúde adotou todas as cautelas para garantir que houvesse doses suficientes e necessárias a todos os profissionais do grupo prioritário que trabalham no hospital local fprivado -sem fins lucrativos-, diga-se de passagem) e nas Unidades Básicas de Saúde.
Como havia doses para cobrir suficientemente a demanda do Município, a secretaria resolveu por bem AVANCAR na vacinação DENTRO do próprio grupo prioritário definido no Ministério da Saúde e na Secretaria Estadual de Saúde, preocupando-se com profissionais farmacêuticos que estão em contato direto com o vírus na coleta de material para exame. Porém, não o fez sozinho: ouviu a sua equipe técnica, bem como a Gestão do Hospital de Caridade Nossa Senhora da Conceição - que auxiliou a definir os grupos prioritários dentro da instituição hospitalar-.
Por óbvio, o Estado deve seguir as determinações da União e o Município de ambos. No entanto, os entes municipais detém autonomia e competência para definir sobre o Sistema de Saúde, e também estão habilitados a, dentro do seu território, tomar decisões e decidir a forma como alocarão os recursos e proverão de sua Política de Saúde. Seguir as determinações superiores é obrigas° , porém INTERPRETÁ-LAS e SUPLEMENTÁ-LAS (quando omissas) é DEVER do Município.
Por isso, como o número de doses da vacina esperado para recebimento superou a expectativa inicial, a equipe técnica decidiu por AVANÇAR na imunização dentro dos grupos prioritários.
Sejam trabalhadores do setor público ou privado TODOS OS
PROFISSIONAIS DA SAÚDE merecem atenção e o devido respeito.
Salientamos que estamos ã disposição das autoridades e de toda populas° o para esclarecer TODOS os fatos. A Gestão Municipal preza pela transparência e lisura em todas as suas ações. Do mesmo modo, lamenta que em um período de tanta dificuldade e de tristeza, haja pessoas que tentam destorcer os fatos e deslegitimar a campanha de vacinação, colocando dúvidas sobre a sua idoneidade.
O jornalismo, tanto quanto a saúde, exige comprometimento e responsabilidade. Comprometimento com a verdade. Comprometimento com a não proliferação de informações distorcidas e fabricadas para gerar engajamento e apelo popular. O momento é muito complexo e difícil e exige mais responsabilidade e menos julgamentos infundados.
OBS: Texto desta matéria foi emitido através de nota oficial da Prefeitura Municipal e Secretaria de Saúde.