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Após uma série de modificações na construção original, que acabaram por atrasar a conclusão da obra, foi em 21 de outubro de 1870 que Hygino Durão finalmente declarou a ponte como pronta ao Governo. A efetivação dessa obra representou o fim de uma sequência de propostas de estruturas para a travessia do Piratini durante o Segundo Reinado (1840 – 1889). Consta na documentação, inclusive, menções à proposta de uma ponte suspensa, atribuída por funcionários da província a Irineu Evangelista de Souza, o futuro Visconde de Mauá.
O processo de tombamento da ponte iniciou em fins de abril de 1983, por iniciativa da prefeitura de Piratini. Desde a década de 1970, a estrutura sofria danos propositais, cujas causas não foram totalmente esclarecidas. Depois que a ponte foi avariada, ocorreram tentativas para que Piratini doasse o material da construção para outros municípios, o que resultou na defesa da integridade do que restava da estrutura.
A Prefeitura de Piratini voltou-se para a Subsecretaria de Cultura do Estado por meio de ofício solicitando estudo para viabilização do tombamento da ponte, bem como de sua preservação. A argumentação utilizada para o tombamento da ponte remontava à justificativa de que os cidadãos piratinenses a consideravam um monumento histórico do município, sendo sua construção a mais importante reivindicação da cidade junto à presidência da província desde tempos anteriores à Guerra dos Farrapos. Além disso, a comunidade piratinense a apontava como um monumento da capacidade artística e de trabalho de seus antepassados. Em 1º de agosto de 1984, por meio da Portaria 09/84, a ponte foi tombada como patrimônio estadual. No dia 16 do mesmo mês, o tombamento foi publicado no Diário Oficial do Estado.
A Ponte do Império permaneceu funcional até princípios da década de 1970, quando uma nova ponte de concreto foi inaugurada na BR-293, a 60 metros da estrutura original. Atualmente, a estrutura está danificada, pois partes foram furtadas ou estão em ruínas. A estrutura da ponte do Império consiste em pilares de pedra regular aparente, de planta elíptica, e o vão livre é formado por estrutura pré-fabricada com perfis metálicos. Atualmente, o piso da ponte é asfaltado. Os guarda-corpos do vão central são vazados, constituídos de peças de alvenaria, sendo metálicos na extremidade ainda existente. A cabeceira da ponte é de alvenaria de pedras, com guarda-corpo rebocado e fechado. Ainda existe uma placa de mármore com dados sobre a construção da ponte e data de inauguração. Analisando imagens antigas e atuais, verifica-se que após o desabamento parcial da ponte restam três dos cinco pilares originais.